

Assistência de enfermagem ao Paciente Gravemente Enfermo
Eliane cintra/Vera Nishide/Wilma Nunes
Formato: 19.0 X 27.5
Miguel Gomes
Formato: 14,6 x 21 cm
232 Páginas
Capa Mole
E a presença fez-se cuidado ...
Em dias já longevos, em resposta à “chamada” nominal feita
pela professora, cada um dos jovens alunos afirmava-se “presente!”.
Esta forma de resposta, estou em crer, que se constituía então
como uma das primeiras consequências das aprendizagens escolarizadas.
De facto, não era assim que cada um de nós respondia no
nosso dia-a-dia quando alguém invocava o nosso nome.
Após todos estes anos e ao refletir sobre tão singela situação,
interrogo-me sobre o seu significado. Será que ao afirmarmo-nos
presentes estávamos simplesmente a repetir uma fórmula de
resposta que nos tinha sido apresentada como a adequada para
aquele contexto? Ou estaríamos a afirmar a nossa presença física
naquele espaço? Ou a manifestar a nossa disponibilidade para
aprender?
Provavelmente as respostas poderão ser todas positivas dependendo
das circunstâncias de cada um em cada momento. Quer isto
dizer que me posso afirmar “fisicamente” presente sem, todavia,
tal significar que estou disponível.
Estabelecemos assim uma diferença que poderemos considerar
básica entre a presença de alguém que se limita a ocupar fisicamente
um espaço e a presença que se manifesta pela sua disponibilidade.
Então, a disponibilidade será uma dimensão da presença que se
caracteriza pela abertura a si mesmo e ao outro.
Ao longo da vida a minha presença tem vindo a ser requerida pelas
pessoas que me rodeiam. Significa isto que percebo haver pessoas
que apreciam a minha presença. Ao mesmo tempo, também
percebo em mim a presença dos que me rodeiam. Curiosamente,
percebo-as todas, algumas como essenciais, outras como desejáveis
e prazerosas, outras nem tanto. Mas, mais curioso ainda, é que tam-
A presença como cuidado de enfermagem.indd 13 04/10/2017 15:38
XIV | A presença como cuidado de enfermagem
bém percebo a presença dos “ausentes”. Ou seja, aqueles que pela
dimensão do seu significado me constituem, estão presentes mesmo
que fisicamente ausentes.
Todas estas reflexões, resultantes da minha experiência de vida
e seguramente comuns a todos os meus semelhantes, ganharam
um novo significado no âmbito da minha atividade profissional. Aí,
constatei que podia usar a presença como “instrumento” terapêutico,
desde que alicerçada numa base de autoconhecimento e reflexão.
Tal instrumento revela-se particularmente útil nas situações de
saúde percebidas como ameaçadoras. É nesses momentos que as
pessoas valorizam uma presença humana sabiamente assumida.
E então a presença faz-se cuidado, porque promove o desenvolvimento
do outro, porque o ajuda a encontrar um significado.
E a presença está em vias de se fazer conhecimento ...
Apesar do processo de profissionalização da presença atrás descrito,
a natureza das profissões de saúde em geral e da Enfermagem
em particular, exige não apenas a profissionalização, mas também
a “produção” de conhecimento. Ou seja, exige que passemos da
dimensão do saber individual ao saber comunicável e consequentemente
coletivo.
Para isso é necessário que se desenvolvam os processos e os métodos
que conduzam à teorização. Por outras palavras, é necessário
que se investigue.
In Prefácio
Eliane cintra/Vera Nishide/Wilma Nunes
Formato: 19.0 X 27.5
J.Helen Streubert/Dona R.Carpenter
Formato: 16.5 X 24.0
Vários
Formato: 16.0 X 23.5
Sob a direcção de: WALTER HESBEEN: Pierre Campia/Michel Dupuis/
Formato: 14.0 X 21.0
Marília Pais Viterbo de Freitas
Formato: 14.5 X 22.0
HESBEEN, Walter
Formato: 14.5 X 20.8
Bernice Buresh e Suzanne Gordon
Formato: 17.0 X 24.0
SERRA, Miguel Nunes
Formato: 14.5 X 20.8
Deitra Lowdermilk/Shannon Perry
Formato: 21.0 X 28.0
RICE, Robyn
Formato: 19.0 X 24.0